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Ciência (finalmente) explica porque respirar fundo acalma


Uma das pedras angulares de qualquer processo terapêutico que busque o controle do estresse é reaprender a respirar, afinal, embora a chamada “ciência moderna” esteja só agora começando a entender porque isso realmente funciona, a verdade é que as práticas místicas orientais instruem isso há milênios.

Pesquisadores descobriram que existe um pequeno grupo de neurônios no nosso cérebro que acompanha o estado da sua respiração e envia essa informação para outra parte do cérebro, a que é responsável pelo seu estado mental e bem-estar. Segundo os cientistas, ao eliminar esses neurônios em ratos, os roedores ficavam mais relaxados e apresentavam uma redução em seu senso de alerta.

Uma pesquisa realizada na década de 1990 já havia descoberto uma região, apelidada de “respiratory peacemaker” (traduzido livremente como pacificador respiratório), de cerca de 3 mil neurônios enterrados no tronco cerebral que vincula a respiração ao estado mental, mas seu funcionamento era mal compreendido.

Para tentar pontificar isso, a equipe do último estudo realizado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford, decidiu investigar quais genes são ativados nesta região. No processo, demarcaram 175 neurônios na região do respiratório pacificador e, para entender o que eles faziam, inativaram tais neurônios nos ratos. Em um primeiro momento, nada aconteceu, e a equipe achou que tinha falhado. Depois, os cientistas perceberam que ocorreu uma mudança nos animais: ficaram tranquilos, tornando-se companheiros despreocupados.

Em vez de ficar cheirando e explorando sua caixa, os ratos ficaram relaxados e se cuidando. Houve uma mudança em sua respiração também, que ficou mais lenta e controlada. Os cientistas então observaram semelhanças entre o comportamento destes ratos e pessoas que perderam a função cerebral na área que induz alerta e pânico. Isso os fez deduzir que os 175 neurônios agiam como intermediários entre o respiratório pacificador e a parte do cérebro responsável pelo estado mental.

Segundo os pesquisadores, sem os neurônios, o centro de estimulação não coleta a informação do pacificador respiratório e, então, o cérebro não fica em alerta. Isso significa que a respiração permanece lenta, porque o pacificador respiratório não estava recebendo nenhum sinal de pânico do centro de estimulação. A equipe apelidou esses 175 neurônios de “neurônios do pranayama” (uma antiga técnica indiana de controle da respiração) após a pessoa regular sua respiração.

Essa conexão física entre a respiração e o estado mental é crítica no controle emocional e do estresse, e é por isso que é por aí que sempre inicio o processo de terapia com meus clientes.

Fonte: Stanford Medicine

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