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Ciência: o estresse do pai passa para seus filhos pelo espermatozoide


Um pai estressado e traumatizado pode deixar cicatrizes em seus filhos que vão além de qualquer agressão física ou emocional que ele venha a cometer contra eles durante suas infâncias, adolescências ou mesmo vida adulta. De fato, o problema pode começar bem antes do nascimento, em um momento tão remoto como a própria concepção.

Pesquisas recém-publicadas sugerem que isso acontece porque os espermatozoides do pai “aprendem” as experiências paternas através de um modo de comunicação intercelular ainda pouco conhecido por meio do qual pequenas bolhas se desprendem de uma célula e fundem com outra.

Essas partículas ejetadas carregam proteínas, lipídios e ácidos nucléicos que funcionam como um “sistema postal” que é transportado para todas as partes do corpo, liberando pequenos pacotes conhecidos como vesículas extracelulares cujo conteúdo parece ser cuidadosamente selecionado. A “carga” contida na vesícula determina não apenas de onde ela veio, mas também para onde vai e o que fará quando chegar lá.

Segundo os pesquisadores, essas vesículas extracelulares podem regular os circuitos celulares (e ajudar a diagnosticar doenças neurodegenerativas), além de alterar os espermatozoides de forma a prejudicar a saúde mental dos filhos.

Algumas das evidências mais fortes de que condições difíceis afetam os filhos de um homem vem de quebras de safra e guerras que atingiram a Europa há mais de um século. Nesses experimentos não planejados, a fome prolongada parece ter deflagrado diversas mudanças na saúde de gerações futuras, incluindo aumentos nos níveis de colesterol e índices mais altos de obesidade e diabetes.

Os achados são novos e impactantes, especialmente quando consideramos a influência de ambientes de trabalho que podem causar altos níveis de estresse. Além disso, essas descobertas jogam nova luz na importância de se desenvolver novos hábitos cujo objetivo final é o de neutralizar e em longo prazo eliminar os fatores estressores que impactam nossas vidas, pois a forma como lidamos com os fatos é determinante também para o legado que deixamos.

Fonte: Scientific American

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