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Técnica RAIN ajuda você a gerenciar dor e evitar pânico


Fazendo uma pequena adaptação ao velho ditado, sugiro que você não acredite em tudo que você pensa. Nossa mente sempre cria um drama mental trágico e tão poderoso que você realmente acredita nele e se sente miseravelmente mal por causa disso.

A dor emocional provocada pela autocrítica, ansiedade, depressão, preocupação e outros hábitos mentais negativos é comum a todos. Não que essas emoções não sejam úteis; como todas, elas também podem ser importantes, pois funcionam como potenciais sinais de que algo está errado (ou certo). Mas quando surgem em excesso, elas conseguem ser esmagadoras e trazem profundo mal-estar.

Quando você se encontra em uma situação em que o hábito de ter pensamentos negativos faz você sofrer, considere utilizar a técnica "RAIN" para amenizar e redirecionar esses padrões prejudiciais. Professores e terapeutas budistas ensinam essa técnica para trazer o sofrimento emocional ao nível da consciência e levar à dor emocional uma espécie de bálsamo calmante.

A técnica RAIN pode ajudar você a ser seu melhor amigo em vez do seu pior crítico. Os seguintes são os passos básicos que você pode seguir para interromper o verdadeiro desfile de pensamentos negativos, se acalmar e seguir em frente:

R = Reconhecer. Reconheça as emoções ou pensamentos que estão incomodando você. Observe-os sem julgamento. Dar nome a eles também pode ajudar a reduzi-los a uma dimensão gerenciável: "Aquela velha história de como meus amigos vão me abandonar"; "Preocupação com meu filho de novo"; "De novo eu me desprezando pelo modo como agi." Simplesmente perceber e dar nome ao desfile de pensamentos, sentimentos e sensações pode até trazer alívio imediato. "Ah, entendi, então é isso que estava passando pela minha cabeça." Você poderá até perceber que seus sentimentos de dor somem depois de algum tempo. "Isso também passará" pode se tornar um lema de vida.

A = Admitir, Aceitar, Permitir. O próximo passo é admitir seu desconforto e aceitá-lo como sua realidade atual. Aceitar o padrão não significa que você goste dele; significa apenas que você consegue colocar esses conteúdos mentais desagradáveis ​​em primeiro plano em vez de permitir que migrem, inconscientemente, sob a superfície da mente. Você pode dizer a si mesmo, por exemplo: "Sim, mais uma vez estou preocupado com dinheiro".

I = Inquirir, investigar. Neste estágio do processo, você pode usar sua curiosidade natural para se aprofundar em sua aflição. Você pode se perguntar: O que desencadeou este surto atual de angústia? Em que outro momento já me senti assim? Quais pensamentos, sentimentos e sensações estão conectados a esses sentimentos? Quão realista é o meu pensamento? Há alguma ação que eu poderia realizar para ajudar a mim mesmo ou a outra pessoa? De que preciso?

N = Não identificação. Seus pensamentos, sentimentos e sensações dolorosos não são VOCÊ. Ao invés de se identificar com eles, você pode "dar um passo para o lado" mentalmente e observá-los rolar como um mural de notícias com muitas notícias ruins.

Às vezes, não basta apenas manter em mente o turbilhão de meus pensamentos negativos dolorosos, então uma última etapa, que vai além da técnica original, pode ser bastante útil em seu adestramento de sua ansiedade.

A = Autocompaixão. A autocompaixão é oferecer a si mesmo alguma compaixão, generosidade e solidariedade. Não é autopiedade, mas sim reconhecimento e aceitação de sua humanidade, imperfeição e sofrimento. É ter empatia consigo mesmo como faria com seu melhor amigo ou seu parceiro ou parceria. Você pode dizer a si mesmo: "É duro quando você se sente tão autocrítico", por exemplo. Em vez de resistir aos nossos sentimentos de medo ou tristeza, que tal abraçar sua dor com a mesma bondade de uma mãe segurando seu filho?

A técnica RAIN, que com essa última etapa poderia ser denominada de RAINA, não é uma panaceia e certamente não funciona para todos ou em todas as situações. Mas é muito eficaz. E lembre-se sempre que quanto mais você puder cercar seu pensamento negativo com compaixão, mais fácil será dissolvê-lo e seguir em frente.

Fonte: Psychology Today

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