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7 etapas para assumir responsabilidade por suas próprias emoções e se livrar de toxicidade emocional


O período das festas adquiriu uma péssima reputação por trazer e representar uma montanha-russa emocional. Em vez vivenciarem dias de paz, muitas pessoas temem esta época do ano pelo estresse e desgaste emocional que ela traz. Mas não precisaria ser assim. Você pode dar a si mesmo o presente da paz como ninguém mais pode. Ao implementar as sete etapas de liberação emocional, você pode se libertar da dor de ferimentos, ressentimentos e defesas antigos à medida que expande sua consciência e bem-estar. Reserve tempo para vivenciar e realizar cada etapa e fique nela até sentir no corpo uma sensação de conclusão antes de passar para o próximo.

Etapa 1: Assuma a responsabilidade por seus próprios sentimentos

Quando alguém magoa ou prejudica você, você tende a se agarrar à culpa e acusação, ou ao desejo de que a outra pessoa peça perdão e expresse o quanto está arrependida pelo que fez contra você. Esqueça! Desejos assim quase nunca se tornam realidade e, ao se apegar a emoções tóxicas, você só vitimiza a si mesmo.

Para começar a mudar isso, o primeiro passo a dar é assumir responsabilidade por seus próprios sentimentos. Isso não é sinônimo de se culpar ou de encontrar uma desculpa para liberar a pessoa que machucou você de alguma responsabilidade que ela tenha nesse processo, mas sim dizer para si mesmo: “ninguém mais está sentindo essa mágoa (raiva ou ressentimento), exceto eu; portanto, cabe a mim fazer algo a respeito. Aceito a responsabilidade pela forma como me sinto”.

Etapa 2: Testemunhe a emoção com desapego

Existem apenas duas maneiras pelas quais você pode se relacionar com uma emoção antiga: com apego ou desapego. Se você está apegado, qualquer lembrança, por menor que seja, do passado traz de volta a velha mágoa ou o mal e mais uma vez você revive os sentimentos tóxicos de forma vívida e potente. Agora, quando você desapega sentimentos antigos não disparam você, e é possível sentir tudo sem ficar envolto em transtornos emocionais.

Para migrar de apego a desapego, lembre-se da situação emocional que deseja liberar. Sinta calmamente e deixe-a ressurgir em sua mente. Em vez de pensar na situação ou nas pessoas envolvidas, feche os olhos e apenas sinta onde seu corpo reage. Permita que sua atenção flua facilmente a qualquer tensão, desconforto ou dor. Não force nada. Se a sensação for intensa demais, respire fundo e abra os olhos – isso afastará seu contato com a sensação.

Se a sensação for gerenciável, inspire lentamente e visualize uma luz branca inundando a área onde a ela está ocorrendo. Após alguns segundos, observe a luz branca deixar seu corpo ao expirar. Tenha a intenção de se desfazer da antiga emoção. Faça este exercício por alguns minutos até a sensação diminuir (e ela de fato diminuirá). Neste momento, você não precisa liberar a emoção por completo – pode ser preciso repetir esse procedimento algumas vezes para abordar emoções antigas e retidas, talvez uma sessão por dia ou até mais se estiver abordando uma experiência profunda e de longa data.

A chave do desapego é evitar repetir a velha situação mentalmente de novo. Em vez disso, foque inteiramente na reação física que está sendo mantida dentro do corpo, o que lhe dá a capacidade de se desapegar.

Etapa 3: Expresse a emoção

Transformar sentimentos em palavras ajuda de duas maneiras: o processo traz mais clareza e acesso à emoção que você deseja liberar e dá à sua mente algo de positivo para fazer no processo de liberação.

A técnica de expressar a emoção tem três partes.

Parte um: Anote toda a história dessa emoção antiga, lembrando quem fez o que, como você se sentiu e as consequências que se seguiram. Não deixe nada de fora ao descrever como se sentiu magoado, ultrajado, abusado, traído ou vitimado. Este é seu relato em primeira pessoa do que aconteceu e de como você se sentiu.

Parte dois: agora escreva a mesma história de novo, desta vez refletindo a forma como a outra pessoa envolvia na situação a contaria. Seu relato em primeira pessoa muda para um em segunda pessoa. Com a mesma riqueza de detalhes, relate o outro lado da história. Não inclua sua própria culpa ou julgamentos. Como em um tribunal, a outra pessoa está contando o lado dela da história.

Parte três: por fim, aja como repórter e conte a história novamente, desta vez na terceira pessoa. Imagine que um jornalista ou detetive esteja investigando a situação e escrevendo uma matéria objetiva sobre o que aconteceu.

Etapa 4: compartilhe a experiência com alguém que você ama e em quem confia

O próximo passo é compartilhar sua experiência com um confidente próximo, como um amigo ou membro da família. Observação importante: se sua emoção está enraizada em uma experiência traumática ou em uma vergonha secreta que você nunca compartilhou com ninguém, é melhor procurar a ajuda de um terapeuta profissional.

É bem provável que seus amigos e familiares já ouviram suas reclamações. Desta vez, no entanto, relate as três etapas que acabou de realizar. Em vez de procurar empatia por seus ferimentos ou pedir ajuda ou comiseração, agora você está revelando como pretende curar e liberar essa velha e dolorosa emoção.

Ao compartilhar seu processo de liberação emocional, você aprofunda seu compromisso com ele. Ao mesmo tempo, a liberação começará a parecer mais real, porque outras pessoas foram incluídas no processo.

Etapa 5: reflita sobre a emoção

A essas alturas, a emoção presa já começou a se desalojar. Você não está mais preso a ela e sendo vitimado por eventos passados. Reserve um tempo e faça uma pergunta crítica: ficar preso a essa emoção está me ajudando ou piorando a situação? Não responda superficialmente e não deixe de refletir profundamente sobre a verdade. Há uma satisfação perversa que todos sentimos ao cuidar de nossas feridas e rancores. Na fantasia, exigimos todo tipo de vingança e punição, algo que pode parecer estar nos ajudando, mas apenas reforça a dor.

Se você ainda se sentir preso a uma emoção antiga, seja paciente consigo mesmo. Espere até se sentir mais calmo e centrado. Talvez você queira repetir as etapas anteriores uma segunda vez. É essencial que você veja, de maneira muito clara e racional, que sua interpretação dos eventos - e as emoções dolorosas resultantes disso - não estão ajudando. Ela fechou uma avenida de abertura, confiança e paz interior.

Etapa 6: liberação através de um ritual memorável

Um ritual é algo como desenhar uma linha na areia, pular por cima dela e não olhar mais para trás. Um ritual assim é importante para lidar com sentimentos profundos e duradouros. Você trabalha de forma consciente no momento da liberação emocional. O ritual deve ser um de que você se lembre e ele ser particular ou compartilhado com outras pessoas próximas a você é algo que você decide.

Que tipo de ritual? Algumas pessoas escrevem a história de seu processo até esse ponto e daí queimam o papel numa fogueira na praia, jogando as cinzas no mar ou no vento. Outros “carregam” uma rocha ou pedra simbolicamente com sua história e emoções e, depois, a jogam no oceano ou no rio. Pode-se fazer um ritual de descarte de lembranças e fotos antigas. Seja criativo e escolha algo que ficará em sua mente como divisor de águas.

Etapa 7: Comemore a liberação

Esta etapa é autoexplicativa, mas lembre-se de incluí-la. Quando uma emoção presa é liberada, fica um espaço ou buraco onde ela estava. Preencha-o com leveza e alegria. Parabenize-se por verdadeiramente realizar algo. É necessária uma comemoração mais positiva como possível, no espírito de renovação.

Ao usar esse processo de forma consistente, você poderá abandonar velhas mágoas e ressentimentos paulatinamente, liberando-se para vivenciar seu estado inerente de paz e bem-estar.

Este é um presente que você dá não apenas para si mesmo, mas para todos que o cercam em sua vida e além.

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